P1 - Construção de cidades saudáveis: saúde, população e dinâmica social
Coordenador:
Prof. Dr. Silvio Carlos Rodrigues
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Nas cidades, há desigualdades injustas e evitáveis que são resultado da distribuição desigual de determinantes sociais que acentuam as condições de adoecimentos e mortes que podem ser evitadas. A expectativa de vida ao nascer pode variar fortemente entre as populações a depender dos bairros da cidade onde vivem.
Nos bairros mais pobres, menos providos de infraestruturas urbanas, com moradias precárias, condições ambientais que podem oferecer riscos de saúde, mal servidos por transportes públicos, acesso precário aos serviços de educação e saúde, pouco ou quase nenhum espaço verde para convivência e atividade física, certamente a população vive menos e com menor qualidade de vida.
Para identificar os problemas de saúde da população, a partir da compreensão do processo histórico que constrói o desenvolvimento econômico, social e político das populações e dos lugares devem-se considerar para além da doença e do corpo, as relações sociais que determinam o processo saúde-doença. Está claro que a maioria dos serviços de saúde municipais não está preparada para isso.
Construir cidades saudáveis é uma orientação da OMS para promover a saúde das pessoas e comunidades em seus territórios de vida e trabalho. Cidade saudável é definida por um processo e não por um resultado. Uma cidade saudável não é aquela que alcançou um determinado estado de saúde, mas aquela que tem um compromisso com a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos e se esforça por alcançar essa condição, a partir de uma clara intenção de fazer e um projeto a realizar.
O objetivo deste projeto é desenvolver estratégias de planejamento urbano para construção de cidade saudável, no contexto das políticas públicas intersetoriais, considerando os determinantes sociais da saúde.