PROCESSO HÍBRIDO MECÂNICO-ELETROQUÍMICO DE USINAGEM DE ULTRAPRECISÃO

Número do processo: 
BR 10 2022 008125 5
Inventores: 
Arthur Alves Fiocchi; Walter dos Santos Motta Neto
Categoria: 
Patentes
Áreas de Atuação: 
Aeronáutico
Automotivo e Autopeças
Mecânica e Bens de Capital
Metalúrgica
Estágio de desenvolvimento: 
TRL 7 – Demonstração de protótipo do sistema em ambiente operacional
Problema/Aplicação Tecnológica: 

A tecnologia visa resolver um conjunto de desafios enfrentados pela indústria de manufatura avançada ao trabalhar com materiais de alta dureza, baixa condutividade térmica e elevada fragilidade — como metais especiais, compósitos, cerâmicas e grafeno. Esses materiais, essenciais em setores de alta exigência (aeronáutico, médico, eletrônico, automotivo, MEMS/NEMS), sofrem danos quando processados por métodos convencionais de usinagem, que geram defeitos térmicos, químicos e mecânicos. O processo híbrido de usinagem mecânico-eletroquímico permite fabricar peças de altíssima precisão com acabamento nanométrico e sem esses danos, atendendo a demanda crescente por superfícies ultra lisas e de alta integridade em produtos críticos.

Diferencial: 

O diferencial da tecnologia está na integração da usinagem mecânica com modificações eletroquímicas controladas, criando um processo híbrido que evita a formação de cavacos e danos superficiais. Enquanto os processos tradicionais removem material gerando imperfeições, esta abordagem modifica previamente a superfície por passivação eletroquímica e realiza a usinagem sobre essa camada, obtendo superfícies lisas, sem aquecimento excessivo, fadiga ou deformações. O processo permite também redução de etapas de fabricação, menor consumo de ferramentas e possibilidade de uso com maquinário já instalado, com ganhos em produtividade, sustentabilidade e custos operacionais.

Oportunidade: 
A tecnologia encontra uma oportunidade clara no avanço da manufatura de ultraprecisão, alinhando-se às tendências da Indústria 4.0 e ao crescente uso de materiais avançados. Com TRL 7, pronta para transferência, é uma solução promissora para empresas que atuam com componentes de alta criticidade, como implantes médicos, sensores, peças aeroespaciais e microcomponentes eletrônicos. Além disso, representa uma oportunidade estratégica para o Brasil em termos de soberania tecnológica, redução de dependência externa, estímulo à inovação industrial e valorização da pesquisa aplicada. Seu caráter sustentável e adaptável a parques industriais existentes amplia ainda mais sua atratividade para licenciamento ou investimento público/privado.
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